terça-feira, 30 de junho de 2009

T É D I O


Ficar ao teu sol,
ao teu sul
descuidado.
Talvez você me ame
às duas da tarde.

Quente demais,
terceiro andar
zumbido interrompido,
bate a môsca no vidro,
tec! Pluft.

Devo ir ao Dentista
arrumar um dente...
Tenho mêdo de ladrão,
suei frio.
Pensarei numa solução...

Olhar fixo no teto,
imagino como abordá-la...
Devo ir pelos peitos?
Devo ir pelos flancos?
Qual deve ser o caminho?

Penso no calor,
rubor, amor...
Quero ficar sem ar,
nenhum ruído para ressoar.
Ardo feito febre...

...Não tenho cigarros,
nem amor para te dar.
Ligo o rádio,
toca baixinho...
Desisto, desligo.

O silêncio:
Há muito
não te ouço
minha doce
Canção!

5 comentários:

MMLI disse...

Amor quente, desatinado
adoro te tocar até ficar arrepiado.
Amor indecente
que mexe com a gente...
Sinto um som em meus ouvidos
são os teus lábios caliente.

Muita boa essa poesia, boa mesmo.

Meu poeta predileto.

Beijos.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Tédio

O silêncio:
Há muito
não te ouço
minha doce
Canção!

isto ficou lindo lindo ...

abração

;-)

Alvaro Oliveira disse...

Lindo poema este "TEDIO".
Adorei

Um abraço

Alvaro Oliveira

Vivian disse...

...e não é que o tédio
também tem lá seus encantos
poéticos?

amei...

um beijo, poeta!

Jacqueline disse...

Engraçado... tava lá no blog, escrevi sobre tédio e chego aqui e encontro este excelente poema!
Abços!