domingo, 21 de novembro de 2010

L Á G R I M A S

Os teus olhos
Como água
Sobre um rio de seixos


Teus lábios
Molhados
Em teu rosto talhados


Quanto às lágrimas
(acho que são falsas)
Apesar dos sulcos
Que rasgam o teu rosto


Ali do outro lado da duna, o mar
e a inexplicabilidade das coisas.
A confluência dos rios,
permanece nos sulcos do teu rosto.


O pouco de mar guardado nos teus olhos
O segredo do teu riso sulcado
A sabedoria eterna de seus gestos
Fizeram-te
A minha alegria
A minha loucura
O limite do meu desejo

Tácito

4 comentários:

Guará Matos disse...

Lágrimas são rios que transbordam pelo olhos. Pode ser natural, ou para o convencimento.
Dúvida.

Abraços.

Solange Maia disse...

não.... as lágrimas não eram falsas....

Tácito, que coisa mais linda menino....

uau...

beijos

Maria Ribeiro disse...

T@cito-XANADU: sempre um cepticismo cruel...
Se uma mulher chora por ti ...é falsa?E se és tu que lhe dása motivos para um dia ela não querer chorar mais?????É ela que é falsa?
E não serás tu a dar-lhe motivos, com essa maneira de estar no mundo, para que ela chore até ver que não vale a pena chorar por ti?
Tenho a sensação de que este poema é antigo...mas os poemas adaptam-se a todos os tempos...são imortais...
Abraço da amiga
Mª ELISA

mARa disse...

...acho que são lágrimas de segredos, desses que guardamos na alma...
Acho ainda que tudo o que foi sentido, ainda é recordado, as vezes em lágrimas...

Querido viver é as vezes desejar o impossivel.

Beijos!

Paz e LUz amigo lindo!