sexta-feira, 19 de novembro de 2010

AD INFINITUM

Ainda era noite, quando despertei
Havia centenas de estrelas,
Esparsas pelo chão.
Que promíscuamente,
Se faziam resteas,
Através do teto remendado
Que envolve
O lugar em que,
Humilde ou obstinado,
Habito.
À noite, o vento varre
As folhas secas,
Que se amontoam
Pelos terreiros.
Para (amanhã)
A tempestade substitui-las
Ou devolvê-las.
E pus-me a contar estrelas
Numa contabilidade de dedos.
As estrelas eram infinitas,
E eu cessei de contá-las,
Porque não mais havia como...

(...as estrelas são as sardas da pele da noite!)

Tácito

3 comentários:

Maria Ribeiro disse...

...ou podem ser a companhia da pele da noite...
E adormeceu...POETA...assim ...a contar estrelas?
LHE desejo uma boa noite...a contar estrelas...
Beijo amigo
Mª ELISA

Alvaro Oliveira disse...

Amigo TACITO

Um belo poema!As estrelas são sardas que emblezam a noite e
sempre inspiram os poetas.
Um bom fim de semana

Um abraço

Alvaro

M@rli Oliveir@ disse...

As estrelas "sardas" são incontáveis... Você se embriaga com elas...

Beijo meu poeta predileto.