quinta-feira, 18 de novembro de 2010

V E R D A D E

Sopraste-me ao ouvido
No ardor da emoção
Vamos descobrir a verdade e o mistério


As tuas mãos, lâminas finas
A dilacerar-me os ombros
E os teus olhos, lava vulcânica
No meu peito


Repetiste por vezes as palavras
Desde então
Pirogravadas em meu corpo
O tempo parado em nossos olhos


Por séculos
A verdade deslizou nas areias da ampulheta
Cúmplice do silêncio
Entregues a decifrarmos o segredo
De nossa voraz esfinge
Consumiu-nos
Este indecifrável poema...

Tácito

4 comentários:

Maria Ribeiro disse...

SINTO-ME ISSO TUDO...DESVENDAR o mistério é a parte mais difícil...neste momento em que escorre a lava de meus olhos, na ansiedade dos teus...
BEIJO, POETA: Mª ELISA

mARa disse...

...segredos, ah! esses segredos gravados na areia do tempo...lembra-me um jardim secreto, onde amantes se beijam, longe dos olhares profanos, amor sagrado esse dos segredos...

bjo.

M@rli Oliveir@ disse...

O tempo desvenda o segredo... A verdade prevalece e no corpo a marca forjada pelas emoções vividas.

Beijos (NINHO)

Domingos Barroso disse...

como se fosse uma despedida
sob um denso encontro
...

forte abraço,
camarada.