quarta-feira, 27 de outubro de 2010

TROTTOIR

Eu amo teu corpo, mulher desconhecida,
que aos requebros passas pela esquina;
amo teu sorriso maldoso
que não nasceu no mutismo das capelas...


Nas linhas sensuais e delicadas,
que orgulhosa ostentas no corpo,
caminham todos os meus anseios,
na posse imaginária das ruas...


Muitos te olham curiosos,
mas os teus olhares não são de ninguém;
nasceste na hora amarga
em que meus desejos se ligaram a ti.


Muito inutilmente, eu te seguirei,
na insistência vã do desejo,
para te pagar com um beijo
a exasperação do teu intento...

Tácito

2 comentários:

Alvaro Oliveira disse...

Amigo Tácito

As minhas desculpas pela ausência em seu espaço. tal como aconteceu praticamento com todos os demais seguidores devido ao processo que decorreu com a cirurgia que fiz aos olhos, concluído em Setembro.
No meu regresso tenho andado baralhado e não consegui ainda visitar todos os amigos.

O meu muito obrigado pela visita e
comentário.

Gostei deste belo poema.

Um Abraço

Alvaro

Guará Matos disse...

Sabe,
Eu também já me interessei por mulheres desconhecidas. Passavam perto de mim e eu ia às nuvens.

Abraços.