quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O CANTO DO SILÊNCIO


Os fantasmas das sombras
Almejam apagar os meus passos
Gravados na encruzilhada do caminho.

Não contentes em ficar
Hirtos, ouvindo a claridade
Estridente da manhã
Desvirginam horizontes infecundos.

Por tudo querem violentar a paz
Do descanso lânguido e silencioso
Do esquecimento.

Preferem sentir
O clamor das aves
que já infestam o céu
Coberto por espessas nuvens.

Da chuva caída dos olhos redivivos
Emergem a púrpura marinha
Anunciando o destino que toca violino.



4 comentários:

Giane disse...

Amigo Tacito...

Sua capacidade de deixar belo até o mais tétrico cenário, não cansa de me surpreender...

Belíssimo poema e novamente peço autorização para publicá-lo lá no fotolog.

Desde já, Agradeço.

Beijos mil!!!

T@CITO/XANADU disse...

Querida amiga!
Meus versos não são meus.
E sim, de quem se utiliza deles...
Fique a vontade, sinto me honrado.

Tácito

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

assino o coments da Giane ... viu só o sucesso de seus versos lá no blog ... enfim ... vc, querido, tem o dom de traduzir e decodificar de forma universal os sentimentos ...

bjux

;-)

C.A disse...

parabéns, belíssimo poema:
"Por tudo querem violentar a paz
Do descanso lânguido e silencioso
Do esquecimento."
e um belíssimo blog tb!