quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

C E N S U R A


Brasilha.
Cataclisma de ambições;
Notas, revoltas
Revolução, emancipação
Em nome da paz
Que não se faz.
Displicente e indigente
Talvez me amem
Homens e máquinas
Cúmplices cegos do silêncio,
Enviam olhos vagos
Para espionar minha paz.
Exilados num manicômio,
A democracia e eu
Silhuetas macilentas
E lábios costurados com
Linhas opressoras;
Para que não cantemos.
Cantar a danação da nação.
Mais um jornal subornado
Em nome da ordem.
P´ra se satisfazer
o poeta canta,
Por amor
O povo chora (?),
Pelo poder
O político se corrompe.
Sofro da palavra
(Des)(en)(canto)
Que semitona
Em cada gesto
E espaço
Deste tempo
Inacabado.
Morro desta dor
Retida no papel
Que predomina
Absoluta
Em cada traço
Do meu grito
Que não possui eco.

(As palavras nascem para dizer, jamais para confundir.)


4 comentários:

Guará Matos disse...

"Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer...." (Geraldo Vandré).
Abraços.

Giane disse...

Grito que não possui eco, mas nem por isso, deve ser deixado de ser ouvido.

Beijos mil, Querido Tacito!!!

Anônimo disse...

A censura é algo que muita das vezes tapam nossos olhos pra coisas que realmene deveriamos enxergar e nos mostram coisas que influenciam de forma meramente ilusória nosso ser.

temos que ficar sempre atentos!
bjs

Graça Pereira disse...

Este é o grito que todos gostariam de soltar.. " em nome da paz, que não se faz".... Sem eco?? Talvez não!
A única coisa que não responde é o silêncio...Benditos sejam aqueles que denunciam, que apontam e mostram...
Beijo
Graça