quarta-feira, 16 de setembro de 2009

S Á D I C A


Procurei, sonhei, busquei
nos caminhos que andei
eu só via você... Só queria você!
*
Você é nua, vazia,
crua e fria
não tem sentimento
pra me dar.

Invenção do amor,
sofrimento do ser.
Invenção do ser
sofrimento do amor.

Trilha de dor, caminho de aspereza
quando unimos nossos laços
tu te fizeste
minha irmã siamesa,
vida infeliz buscaste nos meus braços.

Mulher, nem sei teu nome.
Teus açoites quebraram meus ossos
mordeste minha alma,
me fiz o teu escravo.

A dor é fundo do poço (?)
O masso é fundo da fome.
A perfídia é fundo da orgia.
Da mulher
do homem
e do moço.

Em tua ânsia de destruição
caminhas sobre almas destruídas
e pisa em corações desfeitos.
*
Segue em teu destruir constante,
conquistando e desprezando
a todo instante, corações...
Canibal, toma o que sobrou
do meu!!!


3 comentários:

mARa disse...

Procurei, sonhei, encontrei
Inventei um jeito de amar
Um amor sem nome
Um corpo feito de vento frio
Um instante de prazer
Imaginado.

Tuas letras lembram-me sempre
Augusto dos Anjos...forte,sentido,visceral...

Deixo-te uns versos Dele...

"Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja."

Vivian disse...

...dolorido demais!!

quem sabe um verdadeiro amor
remova este ácido de palavras
gris...

bj ternos ao poeta!

Giane disse...

"Em tua ânsia de destruição
caminhas sobre almas destruídas
e pisa em corações desfeitos."

E substituindo o feminino pelo masculino tenho o poema perfeito sádico perfeito...

Beijos mil, Tácito!!!