Circunscrição : 7 - Taguatinga -DF
Processo : 2005.07.1.000108-5
Vara 11 - TRIBUNAL DO JURI DE TAGUATINGA - DF
Vistos...
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, por seu orgão de atuação, narra que "No dia 29 de Dezembro de 2004, por volta das 17h30min, (endereço), o denunciado, estando na direção do veículo (descrito), em estado de embriaguez, fazendo manobras perigosas conhecidas como "cavalo de Pau" e/ou "zerinho", ademais trafegando na contra-mão de direção em alta velocidade assumiu o risco de matar, o que efetivamente ocorreu quando atropelou a pessoa de Maria Lúcia Evangelista, causando-lhe as lesões descritas no laudo cadavérico de fls 61/66, que foram causa eficiente de sua morte. apurou-se que o denunciado conduzia o veículo (descrito) e fazia manobras perigosas com o mesmo, além de trafegar na contra-mão de direção em alta velocidade, estando sob o efeito de bebida alcóolica...
I
Desde então, lembro de você
Como uma confusão de imagens
Que alimenta a minha solidão.
Te escrevo
Palavra e mulher
querendo tua presença
somando meus espaços noturnos
Te deixarei a herança
Do meu tímido silêncio
Guardada num cofre de vidro.
Frágil, me quebro na emoção
De tuas lembranças
Enquanto me guardo,
Kami-Kase, no salto
Do meu próprio abismo.
Ainda nos unimos separadamente
Unos que somos em nossos corpos
Te recrio, me duplico,
me revejo e antevejo
O gôzo, o pleno, o belo
Nossa comunhão interna,
Eterna e fugaz
II
Perdi, por mãos cruéis do meu destino
Minha estrêla feliz, meu puro enlêvo!
Penso que a Deus muito devo.
Para me castigar assim, fundo e fino...
Era tudo que tinha. Como menino
a quem se tira o único brinquedo
a poder de vinganças e de mêdo
Fizeram-me outra vez pequenino.
Era meu céu, meu firmamento
agora, nem lhe falar eu tento
vou vivendo esse pesadelo.
Creio que o bem e o mal que fiz na vida
irá servir de ponto de partida
Para reaver o meu sonho ou perdê-lo...
III
Aos meus filhos não nascidos, o legado
Que lhes deixo é não vir,
vencer a dor, e o castigo, ficando
Para o de lívidos,
Sórdidos,
Tórpidos,
Infames,
E até doces
Declínios...
Não cometi delitos
E pagarei estóico o crime de outro.
Contente por saber que
Contra a dor ergui-me firme
Sem ferir ninguém,
Apesar do ódio sobrevivi...
O que seria se pudesse
amá-la agora?
A tristeza que senti, decerto
Iria embora...
Deixe que eu fique triste
E que tu ausente
seja meu sonho que me foi tirado
E que uma nuvem de mágoa em meu mundo
Chova seu toró desesperado.
Continuas impune homenzinho!
Pior para ti, pois acabaste com a vida antes de morrer.
E assim, já não podes morrer descerás vivo ao inferno.
T@CITO/XANADU
5 comentários:
Choro, agora, uma dor que não é minha...
Triste encantamento, tua poesia!
Forte abraço
Lamento a tua dor, acredite. Sinto muito... Nem tudo está no nosso controle, e aceitar é a melhor opção, pois, Deus não comete erros.
Beijos carinhosos.
Calo-me. O silêncio fala por si.
Beijos!
Bom dia!
Um Beijo do Horizonte, aqui os pássaros cantam após a tempestade,reconstroem seus ninhos após o temporal, cantando uma linda melodia, deixo-me envolver pelo desejo da superação, igual aos dos pássaros.
Nada do que existe hoje fez parte do processo de criação. Há um constante fluir de vida e de momentos, que a razão não explica.
Um beijo de Energia Violeta em teu dia!
Bom Dia!
Estava lendo o teu blog,eu passei pela mesma coisa,fiz até uns apelos no meu espaço sobre a violencoa no trânsito.
O meu marido morreu por um louco que dirigia na contra mão,em alta velocidade,ele morreu na hora tamanho impacto,ainda tentou tirar o carro mais não deu.
Fiquei com Leticia,muito pequena para passar por isso,o dia dos pais foi horrivel,ela não queria ir para aula porque a professora estava organizando uma festa e ela não queria participar do coral.
estou tentando voltar a escrever normalmente,estou gatinhando sem a presença dele.
A morte é natural,mas a maneira brutal,desumana que me deixa triste.
Fique com Deus
Gemária Sampaio
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