Qual o que por curiosidade
Decifrará esse poema
Que escrevi
Por linhas travessas?
Qual o que, desarvorado
Se embriagará do meu vinho
Feito um poeta de Tasca,
De amor muito penado?
Qual o que arrependido
Erguerá o cristal
Em que baco bebeu as angustias,
e nunca recuperou o sentido?
Qual o que genuflexo
Se libertará dos complexos
Suicidando com alcool
De manhã até o por do sol?
Qual o músico que
Tocará a marcha fúnebre
No cortejo de um Bêbado
Achado morto em seu casebre?
Qual o que a horas mortas
Me abrirá todas as portas
E compartilhará comigo
O meu vício antigo?
Qual por fim
Se tornará Prometeu
Num holocausto infecundo
Que pela chuva nem vela ardeu?
3 comentários:
Venho dizer que
gosto de passar por aqui
Beijos
Tal qual uma vela queimando ao vento
Nossas vidas vão
Com o gosto da última gota de absinto nos lábios
Tal qual o amargo da losna na alma
Vivemos e sentimos o torpor no dia seguinte, sóbrios.
Sobramos as margens de nós e de nossos pensamentos.
Bom dia!
Um beijo!
Ah Tácito, quem será o meu Prometeu? Seremos nós mesmos o nosso próprio sonho? Quem chamamos nas noites eternas?
Postar um comentário