sábado, 4 de julho de 2009

P Y G E

Foto: François Benveniste

Sinto que não sei o que sentes,
mas sei o que sinto.
Pressinto outro caminho,
apenas nele me perco,
me procuro.
Ali encerrada,
natural, atrapalhada.
Percorro
estreitos caminhos
o ir e vir é experiência.
Força é te
fazer ceder.
Caminha pois
sem medo
delicados prazeres
lágrimas insuspeitas
suor da luta
cuidados essenciais
curiosamente o
último tabú.
Amor tão louco!
Rasga tuas entranhas
para ter o que me dar.
Amor?
Ou ternura que ousamos?
Cúmplices
não nos indignamos
outra face oferecida
escorrega no dorso
minutos / horas
as sensações
respiram com dificuldades,
saciada
trêmula
cada vez mais acostumada.

"Ó lenha
acende nela
o amor
que queima em mim"



T@CITO/XANADU

4 comentários:

MMLI disse...

É bom... mais que dói, dói...

Ao meu poeta predileto.

Beiiiiiiijos!!!!

Alvaro Oliveira disse...

Caro Amigo

É lindissimo este poema.
Adorei passar por aqui
e deliciar-me com estas
palavras.

Um abraço.

Alvaro

mARa disse...

rsssss, gostei da lenha no final.


Um beijo Lilás, e que acenda mesmo o fogo que arde por aí!

Jacqueline disse...

Os poemas esta semana estão lindos e este, em especial. Muito, muito lindo. Parabéns!