Ah! qui sodade dos brinquêdo,
qui tanta as recordação,
dos festejo e dos forguêdo
das noite de São Juão!
Di noite
a lua
as istrêla
um barúio
um xorô di criança
uma sodade d'ocê...
São dois óio preto e piqueno,
não era pra tirá nem pô,
era duas culé de veneno,
era duas conta di um ruzáro,
era duas ósta, dois sacráro,
era duas promessa de amô!
Quando a noite chegá
vô precizá d'um consôlo
de arguém que mi dê carim...
isperança... amô...
e in troca,
vô fazê trovas de amô.
No branco céu da lua
me arrecordo da infança!
depois in pensamento
bêbe os bêjo da boca sua e,
oiá seu rosto inda criança.
3 comentários:
Gosto dos regionalismos e, à esta época do ano, são bem pertinentes.
Ainda não havia tido o prazer de ler aqui, algo tão popular.
Muito bom.
Abraços,
Mai
esta mulata é especial...
Tenho este poema musicado e é lindo...
+++++++++++
Cresci com o
cheiro do barro
com as queimadas...
Com a beleza do põr do sol...
Com o café ...
brinquei na palha do café...
corri atras dos gafanhotos...
vivi a liberdade...
Um beijo para ti
AHuahau gostei! Valeu pela visita!
Abraço
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