Silenciosa é minha voz
quando canto em um canto,
poesia retida na boca
junto com um grito.
O pranto mudo é nulo
transformo imagens em gestos,
desejos em palavras.
O suspiro calado
a alma guarda.
Mesmo a voz clara dos poemas,
são frutos amargos
que a boca ávida
não consegue saboreá-los,
nem verso por verso.
Palavra, instrumento
que uso para lavrar,
terras áridas e estéreis
deixo na terra rastros
que um dia foram marcas.
Os gestos morrem
ainda esboços,
sorrisos desfazem-se
ainda na boca.
Aperta a minha garganta como mãos.
*
*
Enquanto a vida
explode como grito
para outros,
sussurra a morte
para mim apenas.
9 comentários:
Lindas palavras!
Jamais deixe de lavrar, pois mesmo que caminhes em meio ao deserto
da incompreensão um oásis poderá encontar.
Tenha um excelente fim de semana. saudações!
..."Os gestos morrem
ainda esboços,
sorrisos desfazem-se
ainda na boca.
Aperta a minha garganta como mãos."
...um dia ainda desvendarei
o místerio em que todo poeta
adora cantar a dor...
um beijo, querido!
Sorrisos que se desfazem
Palavras que morrem na boca
Sentimentos vívidos na Alma.
Alma de POeta com tantos e
Tantos Falares, encantam
Nosso Horizonte.
Um beijo Lilás!
(ótimo fim de semana, aqui com muito frio.)
Nunca te cales, ainda que a voz seja silenciosa, as palavras devem expressar o que um poeta sente...
Contineu escrevendo.
Parabéns pelo belíssimo blog!
Tenha um excelente final de semana!
Um abraço
...lindas as suas palavras
lá em casa.
penso que o silêncio
muitas vezes também
inspira Paz, não?
um bj, poeta!
Vir aqui é empre ter o prazer de ter boa leitura!
Abços, Jacqueline
Olá meu querido poeta..
nunca cale a voz desse seu silêncio.
Ela nos faz mostrar o quanto são sensíveis seus poemas.
muito lindo, tudo que escreves.
Deixa transparecer uma alma cuja luz brilha em seu firmamento.
Beijinhos amigo.
Uma semana de muita paz, amor e luz.
Regina Coieli.
Sua poesia é mesmo adorável.
Dá gosto ler e navegaar neste espaço.
Um grande abraço
Alvaro
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