quinta-feira, 18 de junho de 2009

P E L E


Tocam meu corpo, caminham,
pétalas macias rosas
marcam caminhos
para infinitos gritos.
Não há nada áspero,
ríspido, ou rápido.

Nasce linho de seu corpo,
farto-me com olhos
desfaleço arrepios,
nem conto quantos fios.
Ouço canto em côro,
vem o desmaio e morro.

Sabes com cada poro
onde estou,
onde há fogo,
e quando luzimos.
O que me impele
além da linha da tua pele?

Cheiro doce, navegar macio.
Rotos e tontos, me perco no vazio...
A vontade de evaporar-te em mim,
parece querer um fim.
Nada entende de pele nua,
não se importa que me destrua.

Quando toco sua pele,
com mão nada gentil,
sem requinte e com rudeza
sabes que não é primeiro de Abril.
Quando vem o arrepio, confio:
É o tanto, é o tato, nada sutil.


(As estrêlas são as sardas da pele da noite...)


T@CITO/XANADU

5 comentários:

mARa disse...

Peles,poros,paixão
Cores,cantos,refrão
O Amor provoca mesmo T.



Um beijo Lilás!

Mateus Araujo disse...

Este lugar é lindo, sua escrita é ótima!
Estou te seguindo
tenho que voltar mais vezes!
Parabéns !
Grande abraço
Fui

Cezarina Devos Macedo disse...

Maravilhoso poema!Parabéns,Tácito/Xanadú,você escreve muito bem!Suas palavras me encantam!Um beijo perfumado!

MMLI disse...

Essa explosão de desejos,
só sente quem ama intensamente.
É o inexplicável sentimento
que nos leva a viajar pelo mundo
do encantamento.
A paixão, o desejo, nascem de uma cumplicidade a dois.

A poesia a Pele, é recheada de muitos significados... tem muitas implicações misteriosas e intensas de uma vida a dois.

Bjos.

Meu poeta predileto

Anônimo disse...
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