sábado, 23 de maio de 2009

F E T I C H E


De meus lábios incircuncisos
sempre fibrilando obsceno
derramo um leque de vocábulos
de amor que não resolve.

Falo de tua fome.
Falo na boca,
palavras libertinas
manchando os lábios de vermelho.

No vermelho da luta
por te amar demais,
posso morrer insano
em nossa acústica asfixia.

Luz anêmica, vazia,
amor sem juízo
falo agora em agonia,
ela vestiu-se de rosa.

A rosa é vaporosa,
e por si Rose.
Restos de perfume,
Jardim de falácias.

Um comentário:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

mas quanta beleza e sensualidade nestes seus devaneios ... parabéns amigo ...