domingo, 24 de maio de 2009

VEZ POR OUTRA...


Preciso morrer por pelo menos um ano,
descansar de todas minhas lembranças.
Fechar as cortinas dos sonhos
porcamente sonhados.

Abrigar-me em túmulo escuro,
das lamúrias de saias.
Malditas carpideiras vampiras,
chorosas lacraias.

Pobres viúvas (negras),
Choram a morte de um poeta
irremediavelmente baqueado,
uma roda parada.

Eu nunca vendi promessas,
embora meus versos
reflitam o contrário,
são claros como cinza.

Mesmo que eu não morra,
ficarei sossegado.
Escondido entre bundas de silicone
farei sonetos insones.


4 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Morre o homem por um ano?
E o que inspira mais do que o sofrer?

Gostei do poema.

Abraços,

Mai

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

maliciosamente lindo . parabéns

Anônimo disse...

Agasalho para a Alma
Um meme para vc e seu blog. é só pegar sem regras. apenas um reconhecimento pessoal pelo seu trabalho.

http://paulobraccini-filosofo.blogspot.com

espero q goste. grande abraço.

Layara disse...

...é, as vezes Poetas precisam morrer por um ano...

renascem? revivem? reeditam?

costurando analogias.