domingo, 30 de janeiro de 2011

A U S Ê N C I A

Não tenho mais ação
Nem pensamento
Nem inspiração.
Inspirar ação,
Nem pensar!


Falta decisão
Movimento no gesto
Andar no rumo,
Em manifesto.
O querer dar vasão.


Meus versos já foram
O mundo, os vidros, os sóis
Tudo  era éter e vivia.
Já foram a voz da manhã
E o sabor de cada fruto maduro.


Eram flores de mares e ventos
Como peixes prateados
Invocando as virtudes da água!
Traziam por instantes,
Mesmo os que estivessem distantes.


Mas veio a falência,
Tudo que eu amava
Agora é ausência
Antigos versos, na memória
São só uma distante glória.

Tácito

7 comentários:

Solange Maia disse...

...e mesmo dessa ausência você faz poesia... e poesia de arrepiar os sentidos...

que lindo esse dom...

beijo grande

Guará Matos disse...

A obra permanece e o poeta vive.
Abraços.

Whesley Fagliari disse...

Grande Tácito...

Como está? Venho deleitar-me com seus versos. Lindo texto! Rotular é sempre empobrecer... Prefiro simpesmente respirar fundo e sorver...

Luz e Paz!

Wanderley Elian Lima disse...

Nada se extingue, quando a poesia registra.
Abração

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Meu caro Tácito,
Ao poetisar com tanta maestria sobre a ausência, você demonstra o poder de sua presença. Parabéns pelo belo poema.

Anônimo disse...

...piração...assim é o que sentimos na ausência, na falta, na dor, e só, nós e a solidão...

Beijo grande!

lusibero disse...

LUSIBERO