Não tenho mais ação
Nem pensamento
Nem inspiração.
Inspirar ação,
Nem pensar!
Falta decisão
Movimento no gesto
Andar no rumo,
Em manifesto.
O querer dar vasão.
Meus versos já foram
O mundo, os vidros, os sóis
Tudo era éter e vivia.
Já foram a voz da manhã
E o sabor de cada fruto maduro.
Eram flores de mares e ventos
Como peixes prateados
Invocando as virtudes da água!
Traziam por instantes,
Mesmo os que estivessem distantes.
Mas veio a falência,
Tudo que eu amava
Agora é ausência
Antigos versos, na memória
São só uma distante glória.
Tácito
7 comentários:
...e mesmo dessa ausência você faz poesia... e poesia de arrepiar os sentidos...
que lindo esse dom...
beijo grande
A obra permanece e o poeta vive.
Abraços.
Grande Tácito...
Como está? Venho deleitar-me com seus versos. Lindo texto! Rotular é sempre empobrecer... Prefiro simpesmente respirar fundo e sorver...
Luz e Paz!
Nada se extingue, quando a poesia registra.
Abração
Meu caro Tácito,
Ao poetisar com tanta maestria sobre a ausência, você demonstra o poder de sua presença. Parabéns pelo belo poema.
...piração...assim é o que sentimos na ausência, na falta, na dor, e só, nós e a solidão...
Beijo grande!
LUSIBERO
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