quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

C O N T A B I L I Z A N D O

Nos quintais
Peixes mortos


Aquelas águas
Aquelas chuvas


Natureza incompreensível
Depois da chuva


Arco-íris vermelho
Vermelho hemorrágico


Ironia trágica
Mundo-cão


Rio-espelho
Riso e risco


Falar de vida
Próxima chuva...

Tácito

6 comentários:

Guará Matos disse...

Mas antes têm os discursos de investimentos, obras e melhorias. E tudo... Na mesma.
Abraços.

Unknown disse...

Disse tudo! E antes de chegarem lá, os "home" (homem mesmo) promete tudo. aí chega a época das chuvas, daí a casa cai.
Abraço

Maria Ribeiro disse...

PAULO: mete dó...Com poucas palavras dizes tudo o que vai na alma de quem sofre...nessas situações terríveis.
Beijo
Mª ELISA

Rafael Sperling disse...

Belo e trágico este poema...
Abraço

Graça Pereira disse...

Um poema que liberta sofrimento, raiva e impotência.
Porque tanto sofrimento?
beijo
Graça

Denise Guerra disse...

Pois é amigo Tácito, a cada verão as chuvas certeiras escolhem uma cidade, ou várias, e faz aquilo que já está acostumada com o devido consentimento consciente dos nossos administradores políticos. Estamos ferrados, sempre!!! Bjs!