segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

AVE NOTURNA

O que será do meu umbigo
Se ele não é teu abrigo,
E não há encontros nas manhãs?


Não virá!
Sempre soube que não viria.
Sem personagens nem encontros...


Mas fique atenta!
Daqui zarpa a rima,
O futuro já partiu.


Impune e imune sai,
Salta para o espaço-vida,
Para o norte parte inteira.


Ficarei com a saudade,
O silêncio irá contigo
Em seu galope de morte.


Viverei de rimar e remar
Para lados opostos.
Ou apenas improvisar...


Te escreverei esconjuros
Somando tua lembrança
Aos meus voos noturnos.

Tácito

4 comentários:

Evandro L. Mezadri disse...

Muito bom Xanadu, gosto do seu estilo.
Grande abraço, sucesso, feliz 2011!

Domingos Barroso disse...

Tácito, esse teu poema é um malte nobre. Embriaga-se quem lê e ouve.
Embriaguez reveladora.

forte abraço,
meu camarada.

Guará Matos disse...

Voar, voar até ser alcançada.

Abraços.

Maria Ribeiro disse...

LINDO!
BEIJO Mª ELISA