quarta-feira, 3 de novembro de 2010

E Q U I L Í B R I O

Medir 
A parede 
Branca

Contar
Os ângulos 
Da janela


Avaliar
O estrago 
Das últimas chuvas 


Somar
Os dias
Que faltam ao regresso


Assomar à porta
Olhar a erva daninha
Destruindo o jardim


Ver o pé de acerola
Desfolhado e sem viço
Rever-te no retrato


Tudo gestos inúteis e vazios
Como o insuportável equilíbrio das coisas.

Tácito

2 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

por vivermos e nos apegarmos às mesmices do dia a dia ficamos cegos para o surpreendente q ela está sempre a nos oferecer ...

;-)

Maria Ribeiro disse...

MEU QUERIDO: não persistas nas recordações tristes...
LIMPA AS ERVAS "DANINHAS" DESSE TEU JARDIM...EStá murcho de tanto "chorar" pela chuva que caiu...se fez rio e foi por esse mar da vida...ALÉM!
BEIJOS TERNOS, AMIGO
Mª ELISA