Que também veio de Dante, de Virgílio, do inferno e do Céu. Em forma de comédia humana.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
ELEGIA À NOITE
Água correndo, caindo
na torrente dos esgotos;
noite cansada, ouvindo aflita
o vento da madrugada.
Soluços, suspiros de mulheres,
rolando na escuridão;
gemidos, orações de velhos,
na fome muda do tempo.
Chagas invisíveis sangrando
nas mentes sem repouso;
quem me dera estar dormindo
na amorfa indiferença.
Porque é que da noite
não surge uma mulher bonita,
e num gesto humilde, despreocupado,
não me convida para o amor?
Oh! a tristeza dos ermos,
ouvir sempre orquestras diferentes,
entoando a música primeira
nos requebros furtivos das horas.
Pensar, cair no amanhã,
sem o entusiasmo da antevéspera,
para renascer, principiar depois,
as milenares caminhadas.
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5 comentários:
A noite com seus sons e seus mistérios. Tudo acontece à noite.
Abração
Tristemente Belo!
(não dá pra não ser, mesmo na tristeza há beleza, quando os sentimentos se transformam em Elegias, já outro poema teu me lembrou esse formato de poesia e acabei escrevendo uma também)
tudo entre parênteses, nem sei pq. rssss...
Bjão Paulo.
realmente, esclarecedor...provocatorio. elucidativo...O que mais há são mulheres dessas...
Desculpe .POETA, não voltarei a comentar...
Sempre quem leva a culpa dos desleixos alheio é a noite.
Existem momentos na vida em que tudo não é nada e parece haver chegado o fim. Na imaginação humana, na NOITE!
Abraço
OI! O JORNAL AFOGANDO O GANSO/ http://afogandooganso.blogspot.com com intuito de se expandir se torna a partir de hoje um veículo multimídia e conta com você e seus amigo para que o crescimento seja verdadeiro.
Conheça as mudanças na página principal, onde apresento um “tutorial” com as novas opções e conheça o “Menu Suspenso” com os novos caminhos.
Aguardo-lhe,
Abraços.
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