terça-feira, 1 de junho de 2010

F L Ú V I O


Dirige-se o mundo feito barco errante
Basta olhar pra ver que dá pé.
Porque tanto se divide o mundo
Se a redondeza deste mundo é?

Aparente curva, aparentemente vã
Travessura de atravessar um rio
De correntes pensamentos séculos a fio
Onde a margem oposta brinca de manhã

Navegando rio acima descrevo um arco
E o sabor de um aceno sem fim
Deixado no litoral que nunca existiu

Mas existe agora e nele embarca a rima
Rota entre ilhas e chalanas sem ventos e velas
Passageiros: O futuro sumiu...


( O vento corre comigo, rente no batente...)

T@CITO/XANADU

3 comentários:

Guará Matos disse...

Ou o futuro esta ao "Deus dará", ou dem quem mais?
Abraços.

Ana Lucia Franco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Lucia Franco disse...

Tácito,

Arrebatador, senti-me içada pela poesia, pelo barco/mundo em sua ilusão de se dividir. Ah, os poetas para quem os litorais sempre haverão de existir. Sim, o futuro sumiu, o estar no mundo em poesia é atemporal.

bjs.