domingo, 18 de abril de 2010

M I R A G E M


Vejo a tarde que morre em serena agonia,
quando o sol despenca e a neblina desce do céu,
trazendo noite escura assim parece

mortalha espessa, húmida e fria!

A natureza em brumas dorme,
desde a campina ao céu, a agonia do dia,
bela em tudo cresce,
ainda mais, se cresce também a névoa fugidia!


Tudo imagino, aparições em sonho.
Assombração em meio a neblina,
atento e deslumbrado, a vista em tudo ponho,


Sinto despertar em mim nova comoção.
Uma miragem que encerra a existência divina...
Um mundo melhor, uma mais bela visão!



t@cito/xanadu

2 comentários:

Denise Guerra disse...

Parece estranho mas, adoro a palavra fugidia. Acho que fugidia rima com coisas saudávéis, com busca de novos horizontes, liberdade, desligar-se do que prende. Seu poema confere ao fugidia uma necessidade de tempos novos que não sabemos se virão e quando. Um bom presente de reflexão! Obrigada querido! Bjs!

Guará Matos disse...

Um renacer em palavras.
Espereançoso.
Abraços.