quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

GUARDADO NO PEITO


Explode ternura
Neste corpo, neste copo
Em que bebo as argruras
De velhos vinhos.

A felicidade se inventa
No céu da boca
No sal da terra
Venho mais sereno

Mesmo sabendo
Dos andores de dores
Chego a tempo
Para dizer meu recado:

Estou somado às emoções
Sou apenas a folha
Desprendida do ramo
Na sequência da queda.

Se fosse pétala
Não sopraria o vento
Não entranharia uma gota
Seria um jacinto murcho.

Se sinto
Sei o que é menos,
É o tempo sabendo
Seus meios usar.

Cio ameno
Vento querendo
Teus seios roçar
Sei-o querendo te olhar!

Seios serenos
Roço teus meios
Me perco em enleios
Prá poder voar.

(Só não voei para as estrêlas porque a mulher me acenou...)


5 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

sim ... "A felicidade se inventa!" ... e nesta perspectiva q busco me perder nos entremeios da vida ... neles é que encontramos as maiores possibilidades de inventar a felicidade ...

bjux Xará ...

;-)

Guará Matos disse...

Voa, voa e pousa nos bicos róseos da esperança, onde jorra o nécta do viver.
Abraços.

Wanderley Elian Lima disse...

Belo poema, cheio de amor e erotismo.
Grande abraço

MMLI disse...

Sentimentos "explodem ternura". Ternura que salva uma vida.
Reacende na alma moribunda
um motivo pra viver.
Palavras somadas, injetadas na alma como energia vital.
Lastro amarrado nos pés para impedir vôos estrelares.

Um beijo carinhoso ao meu poeta predileto.

Maria Ribeiro disse...

VOCê é um espectáculo de verdade no amor sentido e vivido!Adoro esta poesia máscula, sem mácula, dádiva da tua inspiração, que , ela própria! se arrepia ,quando te LÊ...
BEIJO DE PAZ, T@CITO!
LUSIBERO