domingo, 27 de dezembro de 2009

ELÉGIA DO FIM - I


Isto ainda não é a paz,
Apenas o silêncio da vida!
Ficamos assim...
Só com o amanhã sem existir.
Os olhos saltando das órbitas,
Vendo o longe em meio
As sombras da estrada sem sol.

Flashback de imagens perdidas
Vistas as pressas e jorrando tempo.
A dor coagulou os receios,
Corpo que balança ao vento
Um pêndulo indiferente
Sem compromisso com as horas,
A partida calma e serena.

Ciclo que se cumpre:
É tempo de retornar ao tempo,
Passado e presente nada mais fala.
Silêncio no vácuo é o que se ouve,
Todos os ruídos acumulam-se
No ser, para depois gritar
Pela boca do sangue.

Que tempo foi esse,
Deixado às tarefas humanas,
Pelo inevitável libertador?
Que os filhos do amanhã,
Alcancem as estrelas almejadas
Em tantos céus impossíveis,
E desconheçam todas as lágrimas.

(...partir mesmo querendo ficar.)


5 comentários:

Guará Matos disse...

... E o tempo não para.
Abraços.

Anônimo disse...

è assim que eu vivo cada vez mais..
precisando me libertar de algo que ao menos sei .

adorei o layout do blog,
obrigada pela visita!

Maria Ribeiro disse...

T@cito:"Que os filhos do amanhã/Alcancem as estrelas almejadas.../"
A Esperança é a última a morrer!
Esses filhos viverão num mundo como o nosso, pior do que o nosso, melhor do que o nosso...?
Viverão!Se é que "os filhos do amanhã..."podem viver...
Bj de lusibero

Canteiro Pessoal disse...

Tácito. Primeiramente, venho parabenizá-lo pelo visual do blog que é irresistível. E no desejar em atraso um Feliz Natal que significa a verdadeira essência em nado profundo em sua veia, espírito de família e excelência no comungar. Que seu Ano Novo seja repleto de colheitas fartas e também, plantio em solo produtível. Bem. Sobre seu escrito de grande porte como sempre, uma parte chamou minha atenção, que seria: 'Passado e presente nada mais fala'. Creio, que, passado fala ao presente, pois é fato que muitos vivem ao presente como no passado. Será mesmo que silêncio no vácuo é o que se ouve? Tenho por mim que NÃO, pois há grito no silêncio que se ouve, muito mais em palco, do que grito saídos dos lábios. É audível pelo silêncio do cordeiro como boca de sangue que fala em todas as épocas.
O tempo continua, apenas em sofisticação para que os filhos do presente que é amanhã, pois amanhã que saiba não existi, as impossibilidades por nós em posição de posse, afinal a estrela está novamente em nosso coração, o véu foi rasgado e podemos adentrar no último compartimento do tabernáculo.

Abraços e paz

Priscila Cáliga

maybe disse...

I'm appreciate your writing skill.Please keep on working hard.^^