quarta-feira, 4 de novembro de 2009

UM DIA APÓS O OUTRO


Na boca
Gosto amargo
De coisa perdida
De tempo
De saudade.

Palavras ficaram
Guardadas
Grudadas
Na boca
No peito.

Desperdicei meu esperma
No silêncio uterino
Transporte do destino
Avenida afora
Transeunte oportuno.

O que não fui hoje
É o que há de me
Esmagar amanhã,
Os de amanhã
Hão de ver passar...

O andor das dores ambulantes
O tempo de olhar o mundo
A luz nascendo nos dedos
O joio e o trigo no mesmo lagar
O cumprimento de sonhos e profecias.

(Jamais faltei um dia sequer!)


4 comentários:

mARa disse...

...Querido, vivemos um dia após o outro e uma Noite de descanso e refexão, olhando de perto os sonhos. Nada na vida é ao acaso, embora as vezes há casos, mas não é acaso, a vida é Pertinente,lição,escola,aprendizagem, embora muitas vezes difícil nos é aceitar o que nos tolhe a alma, seria tão bom se na geometria da vida tudo se encaixasse como concavo e convexo...percebemos que assim não é...há lacunas,vãos,paralelas,tangentes, e creia, não é em vão...

O esperma no útero do silêncio...o silencio precisa ser fecundado, para que saibamos o que ele irá gerar, e sempre gera Sabedoria.

Já disse que Você é o Poeta das multiplas Reflexões?

Beijos, otimo dia e Muita Luz! [sem economia...rsssss...]

Graça Pereira disse...

Um dia após o outro sim, mas...um dia de cada vez!
Sem fazer futurologia vivendo cada
momento intensamente, com paixão, com todos os sentimentos que formos capazes. O amanhã, traz sempre as respostas que ontem, éramos incapazes de encontrar.
Um beijo
Graça

Mateus Araujo disse...

Eu gosto da suas vastidão de galhos à temas diversos quando se fala apenas de um..
Muito bom!
Descrição imensurável.
Abraçoo XANAdUU

Wanderley Elian Lima disse...

Adoro este jogo de palavras esse duplo sentido. amei
Abração