sexta-feira, 30 de outubro de 2009

PINTANDO DÚVIDAS


Não sei se é
Amor
Ou
Minha vida que pede
Socorro

Se eu imaginar
Seu rosto
Estarei criando
Uma imagem
Um rosto

Sem a emoção
Da melodia
Sem a ternura
Sem ter a neura
Da ternura que eu devia

No entanto
Imaginarei seu rosto
Sim
Mas sem saber quando
Em que desgosto

Me atrevo numa pintura
Com um traço
Acendo um riso
Com uma sombra escura
Dou te semblante indeciso

Na tela baça da distância
Há muita tinta cor-de-cinza
Te deu estranha aparência
Não posso dizer, é isto
poderia ser um Freud ou um Cristo


3 comentários:

mARa disse...

... pra rimar com teu desgosto
talvez veja o rosto em agosto
se pintar um sorriso no rosto
quem sabe veja ao dia do teu gosto.

[pintamos na imaginação rostos com as nuances de nossos sentimentos, e cinza é uma cor sóbria e séria, calada e linda]


bjo!

M@rli Oliveir@ disse...

A nossa imaginação é sempre muito fértil, imaginamos e sempre nos decepcionamos, é melhor deixar para comtemplar o quadro de um rosto que o pintor já viu.

Beijos em versos!!!

Sua poesia é linda.

M@rli Oliveir@ disse...
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