quinta-feira, 20 de agosto de 2009

S E N T E N Ç A


Caminho devagar
Levo meu corpo onde vou
Pesado fardo ao sol
Silhuetas de sombras no pó.

Rápido procuro voltar
Espero as horas e os minutos
Trazerem a noite calma
E com ela o silêncio.

Na quietude as verdades
respiram com mais facilidade
De tanto ser, o tempo se oculta
Em ramagens de poemas.

Cantiga de anos intensos
A memória guarda
A solidão recorda
Nítidas lembranças.

Meus ouvidos se fecham
Posiciono-me na janela
Forjando asas
Para impossíveis vôos.

Tanta esperança
Na liberdade de um vôo
Para longe de tudo
Que leve também meu corpo.

4 comentários:

Batom e poesias disse...

"Cantiga de anos intensos
A memória guarda
A solidão recorda"

Estamos sempre falando de saudades, não?

Livrar-se do fardo do corpo, é tornar-se apenas alma e ter a liberdade de voar para longe.

Será morrer?
bjs
Rossana

Mateus Araujo disse...

Agora já nem sei, se é tu quem voa ou eu quando leio.
Digo que melhor caminhar devagar e aos passos perfeitos que rápido por linhas amórficas.
Belo poema!
Abraçãoo♥

Anônimo disse...

Bom dia, doce poeta!

Com frequência tenho vindo ao teu canto... e lendo sentindo tuas poesias, me encanto mais e mais...

Forte abraço

mARa disse...

Quero um voo que para longe me leve
Leve também o meu corpo
Para além desse lugar, onde só o corpo quedou.
Quero que meu corpo vá,em busca
da minha Alma que a muito tempo de mim se foi, foi para o outro lado na imensidão,além das serras,do Horizonte,do mar, do céu, já não sei onde está.
Sem Alma o corpo ficou inerte,letargico,faminto,aflito.
Quero um voo sem volta em busca da minha Alma, que a muito já partiu.

Beijo Lilás!

Um ótimo dia!