segunda-feira, 22 de junho de 2009

R E L Ó G I O


Corre areia do tempo
consumindo horas.
Passa vida,
devorada pelos dias.

Lição de tempos idos
pessoas não fazem nada.
exibição pública de indiferença,
a madrugada segue lentamente...

Silêncio dos olhos mudos,
luz das almas sondam.
Tontas, cegas, de visão usurpada.
Olhar perdido, infinda madrugada.

Nem agora nem nunca,
jamais estive parado
cansa-me demais,
fico enjoado.

Relógios param dentro de mim,
não troquei a bateria.
Pulsam meus olhos cegos,
já não sei se é noite ou dia.

Lembro então,
das luzes dos postes na rua...
Todas queimadas!
Não tem importância, é curta a estrada.

Não importa mais,
a luz do fim do túnel.
A vida intemporal
se coloca entre nós.

Não adiantam as estrêlas,
perdi de vista o firmamento.
apenas imagino o infinito,
como contá-las sem vê-las.

Dias ladrões de bússolas,
disparam chuvas de setas...
Drágeas vencidas e flor,
mentem para mim, não aplaca a dor.

(O tempo está ao redor honrando seus compromissos...)

T@CITO/XANADU

6 comentários:

MMLI disse...

O tempo é responsável em tornar as pessoas melhores, quando elas desejam realmente ser.
Ele é aliado daqueles que o reverenciam e sabem aproveitá-lo.
O tempo deve ser administrado de forma a causar impacto a cada badalada de hora, é como se ele registrasse acontecimentos e marcasse situações que devem se torna inesquecíveis.

Lembro com saudades das horas em que vivi e ainda vou viver, ao lado de quem faz do tempo, momentos que merecem ser eternos.

Bjos.

Ao meu poeta predileto.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

o tempo é o senhor pleno da vida em todas as suas nuances ... é ele q eterniza os momentos felizes e nos ajuda a apagar os infelizes ... linda a sua contextualização poética sobre o Deus Chronos.

;-)

Vivian disse...

O TEMPO
(Por Billy Gharam)

Deus pede estreita conta
do meu tempo,
E eu sou forçado, deste tempo,
já dar conta,
E como darei a tempo, tanta conta,
Eu que gastei todo o meu tempo, e não fiz conta;
Para ter minha conta feita a tempo,
Dado me foi bom tempo e não fiz conta;
Não quis sobrando tempo, fazer conta,
Agora eu quero fazer conta,
Mas me falta tempo.
E vós que tendes tempo,
sem ter conta,
Não gastais o vosso tempo,
em passatempo,
Para depois não chorar,
sem conta,
Por não ter mais tempo.

um beijo, lindo poeta!

Rafael Sperling disse...

Belo tempo de poema.
Abraço

Faces de Mulher disse...

Às vezes o tempo é implacável conosco...
Às vezes o mesmo ao invés de unir separa...
De pessoas queridas...
De amores...
Por vezes nos afasta de nós mesmos...
Amei o que leu...
Uma tarde linda a você!
Chrys
;)

Alvaro Oliveira disse...

Amigo

Excelente e maravilhoso poema.

Adorei este seu espaço, one irei instalar-me

Agradeço sua visita e perman~encia em humilde canto.

Um abraço

Alvaro Oliveira