Vivo com os olhos cheios
do verde do planalto,
do céu nublado
cortado por aviões a jato.
De sol de fim de tarde,
calmo e ameno.
É bálsamo pra quem tem frio,
e o tempo fechado se transforma
em sereno.
Rodar e recordar
cenas e lugares.
Num passeio de carro
os frescos ares.
instante pequeno
de olhos mirados
em luz vermelha,
que esperam verde em Brasília,
interrompido por visão
de corpo feminino,
colorido de vida e força
que passa e chama a atenção
de caras iguais
em carros iguais.
Lado a lado, se irrompem
para depois o verde.
Roncos e ruídos de ferros,
velocidade voando conosco
para um túnel,
para o (um) fim.
É a vida como em cinema,
toca a correr.
Qual a cena seguinte?
Nunca vou saber.
2 comentários:
Mil caminhos
Esta viagem sem velas nem vento
Este barco na bolina das ondas
Esta chuva miúda transborda sentimento
Amarras prendem o gesto
Arrocham um coração que bate incerto
Uma gaivota retoca as penas com espuma
Levanta voo em rumo concreto
Partilha comigo “100 Anos de Ilusão”
Abraço
Estive em Brasília em abril, andei muito, sinto saudade.
Vi o pôr-do-sol,
Senti a brisa na pele
Olhei o céu bem azul
Tive medo do céu que se fechou
Do mundo de água que desaguou
Do céu
Dos olhos
Andei de metrô
Andei pelo plano piloto
Sem rota
Fui até adotada
Tenho uma história linda para contar
Tenho tristeza para relembrar
Brasília, me deixei por aí
Um dia volto para me reencontrar
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