segunda-feira, 8 de junho de 2009

P O E T E R N O


Enquanto sombrio
meu coração não se encontra
dentro de mim, então vejo
a folia que apronta.

E quando sinto que a vida
é mais forte que a ilusão,
me desmancho em poesia.

E desmancho, pouco a pouco,
dia após dia, lentamente...
as possibilidades, repartidas
entre mente e coração.

Exulto na constatação,
de minha simpatia pelo mutável.
sou um poeta mutável,
dependente das horas, das datas,
das estações do ano,
dos cenários urbanos,
dos transeuntes,
do salário que não ganho
e até mesmo do computador
em que escrevo.


e também sou eterno.
Sou poeta,
poeta mesmo,
daqueles que tem o poder
de decidir quando mudar de verso.



T@CITO/XANADU

Um comentário:

Amar sem sofrer na Adolescência disse...

Adorei seu poema. Adorei o seu blog.
Quando puder conheça: oadestradordesentimentos.blogs.sapo.pt
Abraços.