As vezes passo três horas pensando no que vou dizer. Depois, passo quatro pensando no que devia ter dito e não disse. Não gosto da sensação de estar enganado, enganado sempre, como se minhas idéias tivessem sofrido um black-out.
Faz-me sentir incapaz, entretanto, leva me em frente a garimpar no fundo, no escuro, as palavras certas, sem ter a certeza de que existem. Pelo menos, o suficiente para que eu possa descrever, essa angustia, que me toma como coisa e parceiro sua.
Espeta-me a alma, a carne, a mente, incita-me a imolar-me para ter direito à vida. Explora-me esse direito dado, submete-me a penalidades, como um peso bruto me comprime, como se eu tivesse que pagar para tê-lo.
Angustia, é parente das velhas mágoas do passado. É um chip instalado na minha alma, e causa uma dor tão aguda que anestesia o corpo; e a dor parece repousar tão profundo, como vulcão adormecido, e que a qualquer momento erupciona derramando lavas destruindo tudo em volta, causando esterilidade e desolação.
Também, espalha o pó do tempo que cobre o meu entendimento, não me deixando ver que tudo ao redor é apenas um sopro; Um sopro com uma estética humana, e que vivo no trajeto da existência humana sem nada poder criar, apenas, usurfruindo do que me foi ofertado.
3 comentários:
Deixou-me em encantamento seu comentário e sua visita
Melhorar e trazer pra junto de si energias boas ,e uma questão de vigilancia constante.
Estou sempre (as vezes escorrego),trazendo para dentro e fora,fora e dentro essa energia que há em mim,como um circulo.
Adorei
Denise
Adorei este texto. Seu blog é muito rico e transbordante de sensibilidade. Bom demais ler você.
Abraços.
www.manualdoinseguro.blogspot.com
...triste...
(triste)
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