sábado, 16 de maio de 2009

E T E R N I D A D E

A busca da certeza
a certeza de não estar só,
estar coexistindo na alegria de uma presença,
entre carismas e sofismas.
Seja lá o que isso for
não sei com clareza...

Levo-a para os confins de nossa alcova.
E, junto as sedas lhe segredarei
fantasias, tão reais quanto a certeza de que herdamos
a magia do amor.

Somos só corpos. Em meio a neblina, descubro teu rosto
e sinto na tua boca um gôsto que gosto.
E como na carne os rebentos do sangue.
No teu corpo rijo uma ternura.
No teu corpo rijo cavalgo pelo mundo.

Possuir um mundo, é ter uma certeza.
Esquecer, ou seja, estar perdido de desejo.
Desejo de a ter presente nos meus crimes e,
nas minhas insânias.
Presente como estrela.
Capaz de surpreender o tempo...
...somos a eternidade. Somos só corpos.


(Nos lábios nada; no entanto o céu !!!)


T@CITO/XANADU

3 comentários:

Canteiro Pessoal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Canteiro Pessoal disse...

Hum... Tácito interessante este seu escrito.
Amo trechos assim: "...junto as sedas lhe segredarei... Em meio a neblina, descubro teu rosto".
Eu creio e trilho por essa vertente, que é a certeza de que não estar só é real. Quando pensamos que estamos, [percebas], é quando nos damos conta que não estamos.
Nos lábios certo há o gosto de que nos completa.

Lábios, onde estás ? Lado a lado. Nós que somos cegos ou não aceitamos os lábios adoçicados. Este que é, como citas, "capaz de surpreender o tempo..."

Abraços

Priscila Cáliga

Anônimo disse...

Adorei suas palavras. Obrigada por participar e divulgar o "Palavras Sobre"

Já o linkamos
bjos
Ela