segunda-feira, 7 de março de 2011

NA AVENIDA

Meus pés racham
O cimento
A pedra
O ferro
Multicores das avenidas,
Mergulhando na abóboda
Transfigurada das
Indecifráveis fantasias
Na minha camisa suada fica
O riso do samba surdo
Que a coreografia das cores
Fizera germinar.

Luxuria cromática
Corpo e alma borbulha
Na vida da raça
Samba suor e cachaça
VIVER...CANTAR...SAMBAR

A avenida é a mesma de outrora
Ainda hoje mostra
As manchas crespas dos meus pés
Caminhando atrás do
Que meus desejos vêem.

Tácito

Um comentário:

Guará Matos disse...

"Nessa avenida passa eu
Que já passei".


Abraços.