quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A tempo RAL

No princípio havia o tempo
Todo o tempo
O relógio da vida
Principiava a marcar...


Marcava frações tempo-espaço
A vida que só começava
Era diluída em eternidade
Meu tempo era meu templo.


Os anos haveriam de vir
e vieram, cheios e ansiosos
De ser e existir, inexorável...
E eu fingia não serem meus.


O tempo corria e sorria
Lento como um calendário
Eu era livre, descalço
No encalço da vida...


Fui deixando de ser menino
Diante do espelho um INSIGHT
De repente vi a mim
Um túmulo sepultando um infante


Em um átimo acordei
Para esse olhar tão vago
Assim opaco
Assim distante...


Esse sorriso amarelo
Essa boca desdentada
Esse rosto magro
Tão sem mim


- Ai de mim
Falta me algo
Espero descobrir
Antes do fim...

Tácito

4 comentários:

Guará Matos disse...

Que tal a calmaria de um "explode coração"?
Abraços.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo

Fiquei presa ao seu poema...simplesmente lindo.

Beijo
Sonhadora

JOCARLOSBARROSO disse...

Ser atemporal é uma experiência incrivel e o poeta pode mais porque pode retroceder ou avançar no tempo e viver como lhe convier.
Aí está o poder!
Abraços!

Maria Ribeiro disse...

LUSIBERO