domingo, 9 de janeiro de 2011

R E C Ô N D I T O S


Numa morada imensa me faço ficar
Lá é sempre noite, sempre!
O amanhecer é impossível
Ando tateando o escuro de
Longos e antigos corredores.


Paredes guardam sons distantes
Dos dias desnecessários e borrados,
Apagados por aquilo que o dia construiu.
Não preciso de encontros
Com o que de um dia fugi.


Não me permito amanhecer,
Amar, iluminar, palmilhar
Já não é natal nem ano novo
Apenas noite, cada vez mais negra
Escura, silenciosa e macabra.


Guardo as lâmpadas e enfeites
Espero que a noite volva novamente,
Com suas promessas e fantasias,
Para ocultar os sonhos e alegrias
Que não podem ser vistas...


Bebo na noite o tédio imenso
Que me embriaga a alma calma
Enquanto o silêncio destila
Ante minhas retinas dilatadas
Seus minutos de morte.

Tácito

3 comentários:

Anna disse...

Olá Tácito,

Quando a alma do poeta chora,
quando ele tenta esconder-se nas palavras, mais ele mostra-se.
Seus poemas são maravilhosos amigo.
Que logo vc esteja pronto para despertar, para a luz do Sol, o calor de seus raios que nos aquecem, para a luz da vida...
Ótima semana pra vc e os seus!

Denise Guerra disse...

Nossa, lugarzinho ermo este aí! Bons ventos soprem e levem tudo de melhor para lá! bjs!

Maria Ribeiro disse...

Espero ,PAULO, que a noite te traga beleza, felicidade e que não tenhas que fugir de ninguém...
BEIJO amigo
mª ELISA