sábado, 15 de janeiro de 2011

NADANDO CORRENTEZA ACIMA. . .

Pensei num poema
onde camas
fossem barcos
e ventanias
fossem jatos de lama


Senti a culpa de um trovão
que acorda um idoso
engoli um relâmpago
para ter alívio rápido


Diluí egoismos
num copo cheio de lágrimas
fui abençoado por um rio
movimentando barracos


Busquei um abraço invisível
Depois o cume alto e seguro
de uma mulher alta
que era dona de um rio.



(Porque a tristeza não usa cortinas?)

Tácito

3 comentários:

Rafael Sperling disse...

Ficou belo e triste o poema, Tácito...
Abraço

JOCARLOSBARROSO disse...

Maravilhoso poema
Tocante, e de construção inteligente
Parabéns!

Guará Matos disse...

Ser sem ser
Ter sem possuir
Chorar quando não se tem mais lágrimas.

Abraços.