sexta-feira, 21 de maio de 2010

P O Ç O D E O S S O S

Ao marfim
que minha carne cobre
brancos, muito brancos
etéreas nuvens
nos caminhos sem fim

Você apenas ouve
gemidos derramados
gota a gota
em horas de fastio.
Dobres suspirados...

As estatuetas se diluem
corroídas no ácido da ira,
lembram a face dos heróis de mentira.

Sobre a consciência a luz
queda perpendicular
tombam caibros sem consistência.


(Dói a alma e ninguém sabe.)

Tácito

Um comentário:

Guará Matos disse...

É... E ninguém sente.
Abraços.