quarta-feira, 12 de maio de 2010

ALTAS HORAS






Noite dia
Dia noite
Sem norte
sem porto

Súbito Abandono
entre as ruas caladas
noite só só distância
das coisas
das casas
dos homens


horas que tombam
- íntimas -
na face dispersa dos quartos
amor amargo do momento
sombras
sobras que tombam
os ombros cansados
de buscas


(cadeias de bruma no silêncio irreverente)

Tácito

2 comentários:

Guará Matos disse...

A forma de como se exprime só diz respeito ao poeta.
Abraços.

lusibero disse...

T@cito- Xanadu: tem razão... com tanto "ruído" como é possivel comunicar? Foi assim que eu "LI" este complexo POEMA!
Beijo
LUSIBERO