Quero antever-me nos espelhos
partidos das avenidas,
para que em reverência
litúrgica, sinta o aperto
da corne desfeita dos segrêdos
que não me foram confiados
na manhã rubra de um domingo.
Embora tudo seja límpido
e a escuridão da noite envolva
a música das faces envaidecidas,
eu estarei de vigília,
esperando os signos que
desvendarão as metálicas
notas da sinfonia que o pássaro
derramará sobre os meus ombros
expostos à contemplação da distância.
3 comentários:
Olá poeta
A espera de desvendar o enigma da vida, retratado no cotidiano subjetivo.
Um abraço
Um tantinho de cada coisa. Vivemos interagindo com momentos e necessidades.
Abraços.
Tácito,
obrigada pelo que partilhou no meu canteiro pessoal, e como tu, sempre ao teu recanto, apenas atuo silenciar para vinhar no íntimo tudo que colhi em intenso aprendizado, pois teus dedos brilhantes operam inexplicavelmente uma metamorfose em meu âmago.
Abraços querido!
Priscila Cáliga
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