A desilusão é como a queda de uma altiva estátua de mármore.
É como uma enorme árvore
sem chão, sem folhas.
É como bolhas de sabão
que se desfazem ao vento.
Somem tão rapidamente
e tão rapidamente levam consigo
o que há de mais bonito.
Chega desprevenido,
e frustra um roubado instante
de paixão.
2 comentários:
Tácito. Sábias palavras. Dar ordem por início nunca é fácil, assim como estar de frente ao piano. Requer postura de atitude. Esta que pincela notas de posicionamento substancial a massa cerebral. Firmeza que não se compara e não se atem com comentários alheios, mas na possibilidade de prelúdio da canção e remota possibilidade de término. Uma finitude existencial que cria e acaba nEle, portanto, em palavras que recria e não acaba, mas que se transforma. Nisto, o indizível nos é revelado, cantado nos olhos e os frutos saboreados. E o que nos é desapercebido 'quando a boca não
conseguir mais' é o que nos torna percebido em momentos e instantes. Seria: o toc-toc à porta no exato cálculo matemático.
Querido. É sempre enriquecedor tê-lo no jardim. Bem. Sobre seu escrito no Xanadu, 'o roubado instante de paixão' é que tudo me parece um golpe baixo na alma e a voz do sopro por não dança em aroma de selo na paisagem, é 'olhares perdidos pelo palco imaginário para onde a música os transportou'. Amor ou paixão? Amor que sopra o vento do coração de um compositor.
Abraços e paz
Priscila Cáliga
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