sábado, 29 de agosto de 2009

METALINGUAGEM




MONSTRUS VINGATIVUS




" Jacarés habitavam
Calçadas
Ventos de espinho
Refrescavam meu nexo
Vampiros
Perseguiam
Minha língua
Bafada"
..................... (Pedro Candela)

Caiu-me nas mãos um livro de poesias, de onde "extraí" os versos acima. Achei a ocasião propícia, para chamar-lhes à reflexão.
Será que há alguém que aguenta ler poesia assim?
O autor não fala nada sobre nada, não descreve fatos, não elabora cenas e não convence. Só fica falando de uma bobeira imensa; de uma metáfora doentia, fazendo péssimos poemas concretos e bancando o sabe tudo. Essa é minha opinião de leitor, como escritor quero esclarecer que concordo completamente.

Não posso negar que está sendo difícil conduzir este blog ao nível da consciência, ainda mais quando percebo que, aos poucos me torno cansativo e repetitivo. Contraditório também, (garanto que vocês pensaram que eu não percebia), mas por que o faço assim, se um dia disseram que sou poeta e que tenho em mim o poder das idéias novas e geniais?

Por que me disseram isso?
O que diriam agora, se eu mudar o estilo? Então, já na próxima postagem, não encontrarão mais os leitores, o poeta perdido que aqui se encontra. Escreverei, mais ou menos assim:

Brilha a lua lá no céu,
Redonda como um facão.
O dia em que não te vejo,
Não ponho feijão no fogo...


Que tal?
Faremos um trato:
As postagens boas a gente lê;
As postagens ruins a gente não lê.
Podem ainda, vingarem-se de mim, não postando comentários. Só que aí, estarão alimentando o maior e mais trrível monstro já surgido sobre a face da terra (pior que os monstros de filme japonês): O monstrus vingativus branco-(1981). O Vingá (modo carinhoso de chamá-lo).

Se realmente, eu quiser fazer jus às suas presenças nesse blog, devo tratar de esquecer todas as angústias pessoais, e procurar as suas angústias. ignorar as minhas alegrias, e estimular as suas; defenestrar os meus desejos e satisfazer os seus.

Aproveito a parada para reafirmar que não sou poeta formado e que meu tempo disponível se divide em buscas de perfeições e de saídas, entendendo-se, no caso, as saídas como fugas. Não sei se estou certo, mas escrevo assim mesmo, talvez apenas para manter vivo meu desejo de eternidade. Eternidade esta, não egoista, muito pelo contrário, eternidade universal é o que procuro numa interminável situação paradoxal de apreço por coisas eternas, e ao mesmo tempo, pelas mutáveis. Não é muito fácil, é bem verdade, conceber o eterno mutável. Como também não deve ser muito fácil aturar um poeta que se aproveita do concretismo de um poema para não dizer absolutamente nada e disfarçar sua falta de imaginação.

Se eu fosse um Deus, um profeta, um mestre, diria em voz alte e em bom tom:
"Nunca ajude um poeta que se diz agonizando sem inspiração, porque ele está mentindo. Falta-lhe esforço. Nunca ajude um que se diz agonizando sem imaginação porque este, nunca terá sido poeta. Falta-lhe sentido".
Como não sou nada daquilo, me calo. E deixo cada um viver à sua maneira.

Resumo:
a) Inspiração: Não existe;
b) Imaginação: existe, e é dádiva.


Obs. Comentem! ou se explicarão com o Vingá. (rsrs)


T@CITO/XANADU

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Tácito!

Fiquei aqui, diante dessas palavras verdes, pensando com meus botões...
Como não me senti competente pra tecer um comentário, mas temo o Vingá... (rsrsrs)

Abraços

Almerinda

Giane disse...

Oi, Tácito!

Planejava deixar aqui um comentário exaltando seus dons poéticos, mas não vou chover no molhado, pelo menos hoje.

Colaboro em um site, mais especificamente no fotoblog do mesmo, e tenho instado aos leitores que enviem textos, pensamentos, mas principalmente, poemas que falem da Morte e seus simbolos de maneira elevada.

Topa o desafio?
O endereço deixo aqui, para você dar uma olhada e começar a implementar algumas idéias.
O e-mail para envio está lá no fotoblog e não precisa se assustar.
Somos do Bem, até o fim.

http://fotolog.terra.com.br/cemiterio

E nada de Vingá para o meu lado.
Deixei um comentário e ainda "garoei no molhado".

Beijos mil!!!

Layara disse...

rssssss...você é lindo, na sexta escrevi algo inspirado na suas letras "Poeticamente", não postei pq. tinha outro compromisso.
Vou me vingar de você, rssss...pois Poeticamente me fez escrever algo...

Deixe Poeta que teu coração fale, deixe que a essência de teus sentimentos brotem, não se atenha ao que agrada aos outros, apenas escreva...Fico triste quando pessoas talentosas se prendem a críticas e param de escrever, ou sentem que devem serguir um paradigma...O coração sempre fala mais alto, quando gostamos de escrever, é algo como sentir vontade de fazer amor.
Fazer amor com as palavras, deixer que elas se enrosquem nos sentimentos, nas tristezas e as vezes nas mágoas.

Vou postar lá. Vingança!(rsssss) pq. Eu me inspiro com coisas simples,singelas,banho de cachoeira,estrela e Lua,relva molhada, gota de chuva na face...
Sou uma Alma Voante...

Beijo Lindo POeta.