quarta-feira, 11 de novembro de 2009

OLHOS FECHADOS


Desligo o tempo
Vagueio sonambulo
Nos momentos vazios
Faço coisas
Até versos insones
Perdidos no ontem
Arrasto na bagagem
Dias enfadados.
Canto para espantar o tédio
Minutos lamentam as horas
Sopro vestígios para longe
Sufoco-os sadicamente
Desabafo até matá-los.

De olhos fechados
Me bastam os pensamentos.
Silencio e sufoco, no silêncio
A lógica que humanos não alcançam.
Procuro não ouvir
A voz das vagas quebradas,
Não importa ouvir
Mais que o pacto dos sentidos.
Quando abrir os olhos,
A necessidade encherá o vazio.
Preciso de um porto,
Ancorar sem lembranças.
Apenas uma canção
Mal guardada dentro de mim.

Uma luz toca-me as palpebras
Para que a sinta.
A percebo mas não alcanço
Tanto quanto
A incompreensão
E o que compreende
Esses estreitos limites
De não poder abrir os olhos
Pedir ajuda a Deus
Na ridícula vaidade
De bastar-se.
Quem dera ser outra coisa
Para não precisar me ver!

Um comentário:

mARa disse...

...Você se vê
mesmo não querendo.

Tantos sentimentos nesses versos
tantos pensamentos insones
acordando outros tantos pensamentos
entre tantos outros sentimentos
e amanhã
Você se Vê
em meio a outras letras em meio a outros versos...
Será Você.

Beijo!

Muita Luz! [sem economia...sempre pra mexer contigo, um dia pediu para não deixar a luz acesa, de lá para cá, deixo-te sempre uma Luz, só pra incomodar....rsssss...lógico!]